O Futuro da Refrigeração
Segundo o estudo The Future of Cooling da Agência Internacional de Energia (IEA), o consumo de energia no mundo, a partir de aparelhos de ar-condicionado, deve triplicar até 2050. Isso significa um aumento de 250% na quantidade de equipamentos instalados, passando de 1,6 bilhões para 5,6 bilhões. No Brasil, a estimativa de crescimento é de mais de 500%: de 26 milhões para 165 milhões de unidades.
O diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, afirma que "é o mesmo que dizer que o ar-condicionado tende a se tornar um dos principais itens da demanda global por eletricidade". Em 30 anos, eles serão primeiro lugar no ranking do consumo de energia, a frente de chuveiros elétricos, eletrodomésticos e demais eletrônicos.
O que impulsiona esses dados, ainda de acordo com o documento da IEA, é a crescente urbanização, principalmente, em países emergentes mais quentes. Com cidades mais “cheias” e aumento da renda da população, a tendência é de ampliação do consumo de aparelhos de ar-condicionado.
Cenário de Refrigeração Eficiente
O estudo The Future of Cooling também faz uma reflexão importante: o aumento da demanda por ambientes climatizados por ar condicionado pode contribuir para o aumento da temperatura da Terra. Sendo assim, como podemos evitar o conflito das projeções com as metas dos acordos de Paris para a redução da emissão de gases do efeito estufa?
A IEA afirma que a resposta está no Cenário de Refrigeração Eficiente. O simples ato de investir em aparelhos mais eficientes pode reduzir a demanda futura de energia pela metade em comparação com as estimativas baseadas no consumo atual, constante no documento.
Seguir os padrões do Cenário de Refrigeração Eficiente também traz outras vantagens: as emissões de gases estufa cairiam pela metade e os custos da indústria com investimento, combustíveis, entre outros, diminuiriam em cerca de 3 trilhões de dólares até 2050.
Acesse o estudo completo aqui: www.iea.org/reports/the-future-of-cooling